Estudo da McKinsey indica que a análise de relatórios e dados para tomar decisões, por exemplo, poderá ser realizada por algoritmos. Ao todo, um quarto do trabalho dos CEOs poderá ser automatizado até 2055 — o equivalente a US$ 16 trilhões em salários.

02 de Março de 2017 - 10h26
 
 

Mas, apesar da ascensão dos robôs, o estudo afirma que a relação entre homens e máquinas não será de conflito. Ao contrário, isso porque menos de 5% das atividades humanas podem ser totalmente automatizadas, segundo a consultoria. Cerca de 60% de todas as ocupações têm ao menos 30% de atividades que podem ser feitas por máquinas. Ou seja, mais profissões serão modificadas do que extintas.

O relatório da McKinsey afirma também que o uso de robôs ainda melhora a performance dos negócios ao reduzir erros e elevar a produtividade, atingindo patamares que a capacidade humana não seria capaz de alcançar. Para se ter uma ideia, o estudo estima que a automação tenha potencial para elevar o PIB global entre 0,8% e 1,4% anualmente.

Os efeitos da automação também não ficarão restritos ao chão de fábrica. Segundo a McKinsey, até os CEOs terão seu trabalho afetado: a análise de relatórios e dados para tomar decisões, por exemplo, poderá ser realizada por algoritmos. Ao todo, um quarto do trabalho dos CEOs poderá ser automatizado.

O cenário brasileiro segue a mesma tendência. A consultoria estima que, considerando-se apenas a economia formal, o potencial de automação no país seja de 50%, o que afeta 53 milhões de empregados. Os setores industrial e varejista são os que têm o maior número de processos que poderão ser modificados pelo uso de softwares ou máquinas inteligentes — o que atingiria mais de 20 milhões de postos de trabalho.

No Brasil e no restante do mundo, garantir que a convivência entre homens e máquinas seja de fato pacífica exigirá mudanças no ensino. É preciso repensar o currículo para educar pessoas com as habilidades que realmente serão necessárias no futuro – como programação, robótica e serviços para uma população cada vez mais velha.