Segundo Cagliari (1998) quem inventou a escrita foi à leitura. Segundo ele, no momento em que alguém teve que explicar para um estranho o que significavam aqueles desenhos, ele se pôs, de certo modo, a lê-los. “(...) Na verdade, a escrita só existe no momento em que alguém lê!”
Assim, a finalidade de qualquer escrita é primariamente a leitura. E esta tem sido uma das principais exigências no mundo moderno.
Na opinião de Geraldi (1996), ler pode ser assim compreendido:
Aprender a ler é, assim, ampliar as possibilidades de interlocução com pessoas que jamais encontraremos frente à gente e, por interagirmos com elas, sermos capazes de compreender, criticar e avaliar seus modos de compreender o mundo, as coisas, as gentes e suas relações. Isto é ler.
Corroborando com esta definição Lerner (2002, p.73) argumenta: “ler é entrar em outros mundos possíveis. É indagar a realidade para compreendê-la melhor, e se distanciar do texto e assumir uma postura crítica frente ao que se diz e ao que se quer dizer, é tirar carta de cidadania no mundo da cultura escrita”.
Partindo dessa compreensão de leitura e tendo a consciência da responsabilidade na formação de leitores acreditamos que a leitura de histórias aproxima a criança do universo letrado e colabora para a democratização de um de nossos mais valiosos patrimônios culturais: a escrita.
Por isso, é importante favorecermos a familiaridade das crianças com as histórias e a ampliação de seu repertório. Isso só é possível por meio do contato regular dos pequenos com os textos desde cedo e de sua participação freqüente em situações diversas de conto e leitura. Sabe-se que os professores são os principais agentes na promoção dessa prática – e a escola, o principal espaço para isso.
2. BREVE DESCRIÇÃO DO PROJETO
O projeto LEIA, buscará desenvolver atividades que possam proporcionar momentos significativos de contato e prazer com a leitura.
Corroborando com esta definição Lerner (2002, p.73) argumenta: “ler é entrar em outros mundos possíveis. É indagar a realidade para compreendê-la melhor, e se distanciar do texto e assumir uma postura crítica frente ao que se diz e ao que se quer dizer, é tirar carta de cidadania no mundo da cultura escrita”.
Partindo desse pressuposto e buscando atender e respeitar os anseios de nossa clientela, realizamos no inicio do ano letivo uma pesquisa com objetivo de diagnosticar nosso publico leitor como também conhecer a pretensão dos nossos alunos. Aplicamos um questionário (em anexo) com as seguintes questões: você gosta de ler? Onde você lê? Quais tipos de textos você mais gosta? Quais as atividades que você gostaria que fossem desenvolvidas na sala de leitura?
De acordo com os dados compilados 70% dos nossos alunos gostam de ler, e 27% responderam às vezes, apenas 3% se recusaram a responder. Esse resultado pode sugerir que nossas crianças já vêem a leitura como algo prazeroso, aspecto bastante positivo.
Um dos dados mais surpreendente que a pesquisa de opinião nos revelou foi no quesito quando questionamos “onde você ler?”, 81% dos alunos responderam em casa, e 72% responderam na escola e apenas 34% na rua. A maioria dos alunos marcou mais de uma questão. O resultado pôde denotar a existência de práticas de leitura em casa e na rua, o que vai de encontro ao discurso de muitos educadores que acreditam que fora da escola não existi práticas e eventos de leitura e escrita.
Quando questionados quais os tipos de textos mais gostavam, a maioria novamente marcou mais de uma questão. Os mais votados foram HQ( histórias em quadrinhos) com 58%;poesias com 47%; fábulas com 39% e contos 37%. Noticias de jornal obteve apenas 12% da preferência. É interessante observar que o gênero que mais agrada as crianças é justamente aquele que normalmente eles lêem fora da escola, o que ratifica a questão anterior sobre onde você lê. Esse dado servirá para que nós possamos planejar atividades que envolva mais histórias em quadrinhos.
O ultimo quesito do questionário era um dos mais importantes para o desenvolvimento do nosso projeto, perguntamos “que atividades você gostaria que fossem desenvolvidas na sala de leitura?” Todos os entrevistados responderam com mais de uma resposta, obtendo os seguintes resultados, leitura de livros 24%; produzir histórias e escrever livros 22%; desenhos e pinturas 21% ; brincadeiras e jogos 12%; contação de histórias 9% e empréstimo de livros 3%. Ainda forma citados , leitura compartilhada e de piadas, dramatizações, leitura de HQ, cantiga de roda, noticias e parlendas. Podemos perceber a partir dessas informações que as atividades sugeridas pelos nossos alunos priorizam especialmente a leitura e produção escrita, aspecto relevante para a formação de leitores e escritores autônomos, que devem ser trabalhadas na escola.
O projeto LEIA, se desenvolverá elegendo como prioridade a proposta sugeridas por nossas crianças.
O referido projeto será desenvolvido na sala de leitura da Escola Laboratório Presidente Kennedy, e atenderá 333 crianças matriculadas nesse estabelecimento de ensino nos turno matutino e vespertino, de 1 º ao 5 º ano do ensino Fundamental, buscaremos a participação dos pais e da comunidade nas atividades desenvolvidas . As atividades serão realizadas pelas professoras Maria Dilma Araújo Queiróz e Inalda Martins da Silva e coordenadas pelas supervisoras Maria do Socorro Dantas e Adriana Francisca de Medeiros