O curso de Licenciatura em Letras – Habilitação em Língua Portuguesa do Instituto de Educação Superior Presidente Kennedy iniciou em 2002 com a implantação das primeiras turmas, em regime letivo especial, com 60 alunos matriculados, compondo 02 turmas.

Projeto Robótica Educacional na SME

Projeto que tem por objetivo implementar a Robótica Educacional na Rede Municipal de Ensino de Natal. Para isso está promovendo uma Formação Continuada em Robótica Educacional (FOCORE) aos professores de 5 escolas. A FOCORE está sendo realizada em parceria entre a Secretaria Municipal de Educação, a Universidade Federal do RN e as Escolas Municipais de Natal selecionadas para essa formação.

O Núcleo de Tecnologia Educacional de Natal está sediando o projeto, bem como participando da organização e coordenação da formação, que se constitui no campo de pesquisa de doutorado do Prof. Denilton Silveira de Oliveira. O Prof. Denilton atua no NTE de Natal como Professor Multiplicador do ProInfo, desde sua fundação em 2005. 

Robótica Educacional no Brasil

 

Robótica Educacional. Robótica Pedagógica. Uso de robôs nas escolas. Certamente você já ouviu falar sobre esses temas. Há anos diversos países utilizam a robótica com o objetivo de melhorar o aprendizado dos mais variados conceitos devido à sua inerente interdisciplinaridade.
 
Mas, afinal, como anda o uso de robôs com propósitos educacionais no Brasil?
 
O artigo "Robótica Educacional e a Produção Científica na Base de Dados da CAPES", de autoria de Nacim Miguel Francisco Júnior, Carla K. Vasques e Thiago Henrique Almino Francisco, apresenta os resultados de uma pesquisa sobre a produção científica brasileira ligada ao tema de Robótica Educacional. Fiquei muito surpreso ao constatar que os autores encontraram apenas onze trabalhos acadêmicos (dissertações de mestrado) sobre Robótica Educacional produzidos em nossos programas de pós-graduação entre 1996 e 2008!! Além disso, grande parte desses trabalhos dá mais ênfase à parte técnica, sendo que apenas três foram gerados em programas da área de Educação!
 
Iniciativas como a OBR - Olimíada Brasileira de Robótica - ajudam a disseminar o uso da robótica nas escolas através da organização de campeonatos para alunos de ensino fundamental e de ensino médio. No entanto, ainda temos muito a avançar nesse importante campo que pode contribuir, e muito, com o crescimento de nosso país.
 
Reproduzo aqui um pequeno trecho do artigo para ilustrar a opinião dos autores sobre o tema:
 
A construção dos projetos de robótica demanda também tolerância e persistência por parte dos alunos. É necessário estabelecer relações entre proposta, execução e construção de uma ideia, projeto; sistematizar raciocínios abstratos, lógicos; trabalhar em grupo, com colaboração e negociação de argumentos; participar ativamente na formulação de hipóteses, refletindo e avaliando as diferentes etapas e procedimentos. A experiência da robótica no contexto educacional é capaz de promover e valorar a cooperação, o diálogo, a interação, a participação pela via da consciência autônoma que, por sua vez, permitirá aos sujeitos situarem-se uns em relação aos outros, sem que as particularidades e singularidades sejam suprimidas. Tais aspectos, conforme Piaget, representam a principal finalidade da educação e da escola.
 
O artigo completo pode ser obtido aqui.
 
Para complementar, gostaria de citar dois projetos realizados no Brasil. Um deles é o projeto SIROS, desenvolvido pela equipe de Robótica Pedagógica do NIED/UNICAMP. Este projeto gerou 18 publicações (artigos em congressos, em revistas e capítulos de livros) entre 1998 e 2002. O artigo "DESENVOLVIMENTO DE AMBIENTES DE APRENDIZAGEM BASEADOS NO USO DE DISPOSITIVOS ROBÓTICOS", de autoria de João Vilhete Viegas d’Abreu, é um exemplo.
 
O segundo é o Laboratório de Robótica Educacional, do Centro Tecnológico da UFES, que é coordenado pela professora Carmen Faria Santos. A professora Carmen realiza pesquisa na área de robótica educacional há anos e sua dissertação é uma das onze citadas anteriormente! Um de seus trabalhos é intitulado "A Aprendizagem da Física no Ensino Fundamental em um Ambiente de Robótica Educacional". Em seu laboratório são desenvolvidos vários projetos que incluem incentivar os alunos a formarem times para participarem de competições de robótica. Por exemplo, em 2010 eles foram campeões (pela terceira vez!) na Competição Latino-Americana de Robótica, categoria IEEE Standard Education Kits.

--- Atualizado em 28/08/2014 ---

O colega Marcio Gomes contribuiu com informações sobre outros trabalhos, mais recentes. Tratam-se de dissertações de mestrado com base nas oficinas promovidas por escolas vinculadas à Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre:

"Robótica na sala de aula de matemática : os estudantes aprendem matemática?"
Autora: Elisa Friedrich Martins - EMEF Marcírio Goulart Loureiro, 2012.

"Robótica educacional como cenário investigativo nas aulas de matemática"
Autora: Karina Disconsi Maliuk - EMEF Mariano, 2009.

"Robótica educacional e resolução de problemas : uma abordagem microgenética da construção do conhecimento"
Autora: Cristiane Pelisolli Cabral - EMEF Heitor Villa Lobos, 2010.

Site do projeto: http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/robotica/index.htm

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Precisamos de mais trabalhos como esses!
Até a próxima!

Sábado, 29 de Dezembro de 2018 - 11:12 AM.

O termo “pedagogo” existe desde a antiguidade. Na história da educação antiga, esse ser era destacado como aquele que acompanhava o discípulo de algum mestre, o filósofo, ao local educativo.

Alunos montam robô para fiscalizar o trânsito em frente à escola

 

Professor de Juazeiro do Norte (CE) conta como seus alunos do ensino fundamental usaram a programação para conscientizar motoristas que não respeitam as leis de trânsito

por Raniere Cândido 10 de maio de 2018

Sou professor de lógica de programação no Colégio Paraíso, em Juazeiro do Norte (CE). Para aproveitar o Maio Amarelo, movimento internacional de conscientização para redução de acidentes de trânsito, que no Brasil é mobilizado todo ano pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), meus alunos desenvolveram um projeto de educação que envolve programação.

Na escola, nós estamos usando a tecnologia para resolver problemas. Em parceria com a Micro:bit Foundation, a Positivo trouxe para o Brasil a plataforma Micro:bit e pediu para que as escolas parceiras começassem a disseminar o uso da miniplaca programável dentro da sala de aula.

Leia mais:
– Computador de bolso da BBC chega ao Brasil para ensinar crianças a programar– Especial Educação Mão na Massa
– Robô de sucata eletrônica cumpre missões para proteger a natureza

Os alunos aprenderam a programar, mas como a tecnologia por si não tem um fim, como coordenador de projetos eu propus que eles encontrassem uma aplicabilidade. Eles deveriam olhar para problemas que tínhamos no entorno na escola e pensar em uma solução.

Eles perceberam que, no horário de entrada e saída da escola, muitos pais paravam o carro em cima da faixa de pedestre, mesmo sabendo que isso era errado. Então os alunos tiveram a ideia de montar o Agente:bit, um robô que conscientiza o cidadão a respeitar as leis de trânsito.

Como protótipo inicial, eles programaram um robô com letreiro digital que, quando alguém estaciona no local proibido, exibe a mensagem: libere a faixa. É uma coisa muito simples, mas faz as pessoas se chocarem com o que estão fazendo, porque todo mundo sabe que é errado. Elas automaticamente saem da faixa, dão uma volta no quarteirão e procuram um lugar para estacionar.

Para construir o corpo do robô, os alunos trabalharam conceitos de sustentabilidade e reutilizaram materiais, como papelão e tinta guache. Eles usaram objetos cotidianos que estavam a disposição deles.

Após concluir o protótipo, os alunos colocaram o robozinho em frente à escola, ao lado da faixa de pedestre. Com isso, conseguimos impactar os pais e fazer um trabalho de educação no trânsito.

A ideia é alertar para coisas simples. Isso também vale para os pedestres, porque na saída da escola vários alunos ficam parados na faixa e impedem o tráfego. Quando eles passaram a olhar para o robô e ler a mensagem, eles também começaram a respeitar e sair discretamente.

Nós percebemos que educar é preciso. Mesmo tendo ideia das regras de trânsito, um alerta facilita no dia a dia. Isso gera um trabalho de conscientização de cada indivíduo.

Para desenvolver esse projeto, trabalhamos metodologia ativa na veia e utilizamos aprendizagem baseada em problemas. Os alunos também tiveram que desenvolver uma série de competências, como observação do meio, criatividade, trabalho em equipe e tomada de decisão, já que eles tiveram que escolher o melhor projeto para ser apresentado na Bett Educar, em São Paulo (SP). A iniciativa apresentada foi desenvolvida pelos alunos Mateus Alves e Marcele Medeiros, com apoio dos professores Ramon Felizardo e Rubenho Cunha.

 
Foi inspirador?
 
 

Raniere Cândido

Graduado em sistemas de informação, com mestrado em ciência da computação pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Trabalha há 20 anos como professor de lógica de programação no Colégio Paraíso, em Juazeiro do Norte (CE).